Your Title Goes Here

Your content goes here. Edit or remove this text inline or in the module Content settings. You can also style every aspect of this content in the module Design settings and even apply custom CSS to this text in the module Advanced settings.

Your Title Goes Here

Your content goes here. Edit or remove this text inline or in the module Content settings. You can also style every aspect of this content in the module Design settings and even apply custom CSS to this text in the module Advanced settings.

Sobre

Contar a história das diversas culturas enraizadas nas terras livres do  Ceará e conectar, através da arte, gerações e afetos, foram os objetivos que levaram à criação, em 2003, do Projeto de Arte e Cultura na Reforma Agrária (PACRA) vinculado ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA/CE), a iniciativa surgiu a partir da demanda dos assentados de reforma agrária pelo direito à memória, valorização dos seus saberes e fazeres, mantendo vivas  e renovando  as tradições de cada assentamento, assim como gerando novos aprendizados  e troca de saberes.

O PACRA foi inspirado na experiência do INCRA-CE ocorrida em 1995, que envolvia um mapeamento das atividades culturais dos assentamentos cearenses. Essa atividade foi mobilizada pela servidora Silma Magalhães, que se tornou a coordenadora do projeto.  Como marco posterior ao mapeamento, registra-se o I Seminário Arte e Cultura na Reforma Agrária, evento que contou com a participação de representantes de diversos assentamentos, movimentos sociais do campo, gestores e profissionais da cultura, deflagrando o início do PACRA, bem como, apontando as áreas de atuação do projeto, dentre suas prioridades e diretrizes.

Desde então o PACRA passou por uma gradual expansão, envolvendo cada vez mais grupos artísticos e mais assentamentos, ajudando a estabelecer uma rede de arte e cultura na reforma agrária, além de organizar as demandas desses grupos, contribuindo para solucionar-las através do desenvolvimento de atividades, seja por financiamento/apoio de instituições parceiras, seja por concorrência em editais de cultura. Como fruto do reconhecimento nacional dessa ação pela Superintendência Regional do INCRA no Ceará  e outras instituições que desenvolviam atividades no campo da cultura  foi criado o Grupo de Trabalho Nacional de Cultura na Reforma Agrária, também coordenado por Silma Magalhães, visando expandir e consolidar o projeto nos demais Estados brasileiros.        

Em conjunto com assentados e assentadas e algumas  parcerias, o PACRA foi conseguindo proporcionar atividades de formação, criação, difusão, intercâmbio, registro e preservação da produção artístico-cultural dos assentamentos, valorizando a diversidade dessa produção, proporcionando uma nova perspectiva para o desenvolvimento dos assentamentos rurais e gerando novas oportunidades de formação, geração de renda e de reconhecimento dos assentados enquanto produtores de cultura.

As iniciativas no campo da arte e cultura desenvolvidas nos últimos 18 anos potencializaram a valorização e o fortalecimento da cultura viva comunitária  nos espaços de reforma agrária no Ceará, caracterizando-os também como lugares de novas reflexões, aprendizados e oportunidades para os jovens, formando novas lideranças a partir do exercício da cidadania cultural em múltiplos processos de formação, produção e fruição fomentados dentro do projeto, lançando novas vivências e processos formativos que se contrapõem à cultura hegemônica.

Dentre essas iniciativas, destaca-se o ‘Pontão de Cultura Terra Viva Terra de Arte’, realizado em 2009, reunindo 23 grupos culturais dos assentamentos e promovendo uma ampla e pioneira formação em teatro, dança, música e gestão cultural que resultou na montagem de 15 espetáculos de dança, música, teatro e cultura popular. A produção artística culminou no Festival ‘Terra Viva, Terra de Arte’ realizado em Canindé, com um público de cerca de 20.000 pessoas, muitas das quais oriundas dos 15 municípios cearenses que participaram do evento.

Outra experiência relevante e de notório impacto artístico e social foi a ‘Escola de Teatro da Terra’, projeto que formou artistas cênicos para atuarem como multiplicadores em oito assentamentos, replicando seus aprendizados e mantendo ativos os grupos teatrais em contextos de incontáveis dificuldades. Os frutos dessa formação e do trabalho do PACRA podem ser vistos através da passagem de conhecimento de geração para geração, alcançando, hoje, os netos dos participantes das primeiras formações ofertadas.

    Em 2019 com a eleição do governo de extrema direita capitaneado por Jair Bolsonaro, as políticas de reforma agrária e as políticas culturais sofreram um  profundo desmonte, afetando a condição pública e democrática do Estado brasileiro, especificamente, a materialização e acesso a direitos de cidadania. Neste contexto, o projeto PACRA, é inviabilizado no espaço institucional do INCRA, ganhando forma mais orgânica, numa rede autônoma, mobilizada pelos coletivos culturais e artísticos dos assentamentos, que passam a assumir a coordenação da Rede.     

Vale ressaltar, que o trabalho de arte e cultura  viva comunitária nos assentamentos, resgata, atualiza e fortalece os vínculos com a memória, a história e o território, movendo relações intergeracionais, bem como, se articulam com experiência, movimentos e grupos de Cultura viva comunitária da América Latina. 

Com a pandemia da covid-19 em 2020 estabeleceu-se um estado de calamidade pública, afetando profundamente o universo da arte e da cultura, causando inflexões nas condições de atuação dos diversos segmentos a partir das restrições sanitárias do isolamento social. Por outro lado, a resistência dos grupos e a articulação política, permitiu conquistar a lei federal Aldir Blanc (14.017/2020), dispondo de recursos emergenciais para alcançar trabalhadores e produtores artísticos e culturais. Com isto, vários editais foram abertos em âmbito municipal e estadual, configurando a retomada e rearticulação de diversos grupos e ações culturais e artísticas pelo país. 

Neste cenário, a Rede PACRA participou ativamente da mobilização pela conquista da Lei, bem como, apresentou diversas propostas/projetos em âmbito municipal e estadual, conquistando mais de 10 projetos e o prêmio de Fomento Arte e Cultura do Ceará, com o reconhecimento da Secretaria de Cultura do Estado.

A partir do projeto ‘Rede de Arte e Cultura na Reforma Agrária: Cultura Viva Comunitária – enraizamentos étnico-raciais, e de gênero-sexualidades nos territórios camponeses do Ceará’, a Rede estruturou um conjunto de ações de formação, criação e fruição artística e cultural com as linguagens do teatro, música, e audiovisual, realizando-se em coletivos culturais e artísticos de nove assentamentos de reforma agrária e duas aldeias indígenas, tendo como entidade representativa da Rede o Ponto de Cultura Mucuim de Todas as Artes do Assentamento Mucuim em Arneiroz. Através do Prêmio a Rede, também se articulou em intercâmbios e atividades com grupos de cultura viva comunitária de diversos países da América Latina.

 
















 

 

Conexões
em rede

A Rede de Arte e Cultura na Reforma Agrária Ceará em seu caminhar vem se articulando com redes que tecem os fios da Cultura Viva Comunitária no Nordeste Brasileiro, como na América Latina, mobilizando conexões entre experiências de coletivos culturais e artísticos que produzem arte a partir do sentir e pensar a vida em sua potência estética, insurgente e questionadora, produzindo a partir daí fios densos, diversos e coloridos na textura do fazer arte e cultura nos territórios agrários e urbanos.

 

Prêmio de Fomento Arte e Cultura do Ceará

REDE PACRA: Cultura Viva Comunitária – enraizamentos étnico-raciais, e de gênero-sexualidades nos territórios camponeses do Ceará 

 

Como coletivo artístico, com trajetória enraizada na Cultura Viva Comunitária, às lutas pelo direito à cultura e cidadania, estiveram postas como marcos essenciais na vida comunitária dos territórios. Assim, as experiências de arte e cultura permitiram acumular conhecimentos e processos compartilhados na Rede de Arte e Cultura, a qual nos impulsionou apresentar o projeto ‘REDE DE ARTE E CULTURA NA REFORMA AGRÁRIA: Cultura Viva Comunitária – enraizamentos étnico-raciais, e de gênero-sexualidades nos territórios camponeses do Ceará, tendo o Ponto de Cultura Mucuim de Todas as Artes como representante.

Formação e Produção

Difusão

Tecendo Cultura Viva Comunitária

 Os fios que se entranham nas estampas da história e da memória dos povos da terra, tecem a cultura viva comunitária no espaço agrário cearense, através dos coletivos de dança, música, teatro e cultura popular que reafirmam  a partir das expressões e linguagens a luta pela defesa da terra, território e vida.

  

Rede Pacra e a Lei Aldir Blanc







 

Agenda

Em breve estaremos disponibilizando agenda dos pontos de cultura e grupos artísticos da Rede de Arte e Cultura na Reforma Agrária Ceará

 

Biblioteca

Em breve estaremos disponibilizamos os arquivos

 

Contato

5 + 11 =

Feito com ❤️ pela NINJA Hacker Space, Design Ativista e Rede Livre